Roseira

Por Alex Ribeiro

É, não sei amar
Sempre achei que soubesse
Mas não sei

Equívoco amante

Não sei aproveitar cada momento
Olhar nos seus olhos e ver o brilho
Essa coisa apaixonante dos poetas

Há em mim uma grande dor
Que carrego em segredo
Segredo
Que leva embora qualquer sonho
Perturbando meu sono

O meu amor é uma rosa que morreu

Mas como o sol sempre volta
Eu abro o meu peito ferido
Pra que você entre
E minhas lágrimas lavam-me por dentro
Enquanto na melodia dos soluços
Minha alma se despe inteira

Veja como é bela
A vida que se revela entre os espinhos
Repare como meu sofrimento me prendia
Como a dor é linda na sua alvorada

Mas tudo isso há de se tornar
O verso mais autêntico que virá
A dor, a rosa, o espinho
A poesia que se torna o próprio poeta
Ou
O poeta que sempre foi poesia.

Autor: Alex Ribeiro

Ator da Cia de Teatro Assisto Porque Gosto, psicólogo, poeta.

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