Hamlet

Ser ou não ser

Por Alex Ribeiro

Hamlet é uma das tragédias mais conhecidas de Shakespeare. E para alguns é a peça que inaugura o homem moderno, que se vê livre da influência da igreja sobre sua forma de pensar, apesar de conter elementos fantásticos no seu conteúdo.

Hamlet é o príncipe da Dinamarca, e a peça inicia com a morte recente do pai de Hamlet, aparentemente um acontecimento triste na família. No entanto, Hamlet, ainda em luto, vê sua mãe se casar novamente, e a pressa com que ela contrai matrimônio pareceu-lhe, no mínimo, estranha. A Dinamarca tem agora um novo rei.

Dúvidas começam a surgir. Será que o rei fora assassinado? Será que a rainha está envolvida? Hamlet passa a ver como é falsa a conduta da corte e como são podres as pessoas a quem ele tinha apreço. O jogo pelo poder e pelo amor derrubou o rei.

Hamlet passa a jogar com as peças do palácio. Faz-se de louco, despreza a mulher prometida, talvez a única que merecesse dele um olhar diferente, mas o que esperar desse homem extremamente lúcido, porém, sufocado por tanta mentira e corrupção? Mata a todos aqueles que o cercam e, por fim, a si mesmo.

“Ser ou não ser?” e “Há algo de podre no reino da Dinamarca” são algumas das frases mais famosas da peça, e é interessante ver como elas cabem em nós, brasileiros, atualmente. Ser autêntico e convicto diante das mazelas por que passa nosso país, combater ou não as mentiras, ser ativo ou apenas deixar que sejamos engolidos pelos retrocessos que vêm acontecendo, o que fazer? Muitos ainda não sabem o que responder ou como agir, e talvez nunca vão saber. Mas uma coisa é certa. Há muito de podre no reino do Brasil.

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Autor: Alex Ribeiro

Ator da Cia de Teatro Assisto Porque Gosto, psicólogo, poeta.

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