Por Alex Ribeiro
Vi na tarde deste dia cinza
A solidão de uma mulher
Sentada num silêncio intranquilo
Numa estação qualquer
Seu olhar parecia distante, como que
Num sonho profundo
Ou numa dor que não tem medida
Nem palavra a expressar
O seu corpo parecia preso
Nas grades invisíveis, no medo
Havia ali algo de divino
De profano, ingênuo, de segredo
Ainda assim havia a força
Que arrebenta fulminante
As amarras e os temores
Os bons e maus amores
E tudo mais que censurar
A existência de ser mulher.