Publicado em Categorias Cultura, Literatura, Poesia

Por Alex Ribeiro

É, não sei amar
Sempre achei que soubesse
Mas não sei

Equívoco amante

Não sei aproveitar cada momento
Olhar nos seus olhos e ver o brilho
Essa coisa apaixonante dos poetas

Há em mim uma grande dor
Que carrego em segredo
Segredo
Que leva embora qualquer sonho
Perturbando meu sono

O meu amor é uma rosa que morreu

Mas como o sol sempre volta
Eu abro o meu peito ferido
Pra que você entre
E minhas lágrimas lavam-me por dentro
Enquanto na melodia dos soluços
Minha alma se despe inteira

Veja como é bela
A vida que se revela entre os espinhos
Repare como meu sofrimento me prendia
Como a dor é linda na sua alvorada

Mas tudo isso há de se tornar
O verso mais autêntico que virá
A dor, a rosa, o espinho
A poesia que se torna o próprio poeta
Ou
O poeta que sempre foi poesia.

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Por Jackson Melo

Assim como em um tribunal
Onde cada palavra
Pode e será usada contra si mesmo
Me dou conta de que a palavra do poeta o condena

E que teus amores
Soam o martelo
Para tua sentença…

Percebo que a paixão
Que sinto em meu interior
Me consumiu
Pouco a pouco
Até o último sopro
De minha alma

Que esta mesma paixão
Tornou-se uma doença em fase terminal…
Levando me cada vez mais próximo do meu fim

Não dê as costas
A este moribundo
Que lhe deu seu último tesouro
Pra que fosse estraçalhado enquanto pulsava
Suas últimas batidas

Realize
O teu último desejo
Um sorriso
Para que no engano de tua paz
Ele navegue por uma mar de delírio até a tua destruição

Quem me dera
Poder fitar o meu olhar de desejo
No teu
Sem me condenar

Poder cultivar
O que habita no mais
Profundo
Do meu ser

A vontade
Que me consome
O querer
Que mantém meus olhos
Abertos
Nas noites de insônia
Que só me trazem
O desejo…
O único e esperado
Desejo!!
O desejo de você.

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Por Alex Ribeiro

O copo, cheio
As palavras, vazias
O silêncio continha uma dor que gritava
Um grito assustador

No seu íntimo algo não ia bem

Perguntavam sobre sua tristeza
Não, não estava triste
Deduziam o cansaço
Mas quando é que enxergariam a verdade?

Partiu, foi pra bem longe
Afastou-se de todo e qualquer
Bem querer que mal o queria
Despediu-se

Caminhou sozinho
O caminho que só a solidão poderia seguir
Doeu, caiu em prantos
Se levantou no dia seguinte

Percebera que sempre fora só
Sempre seria
Só ele poderia dar os passos
Definir o destino do seu caminho

Tomou as rédeas da sua vida
Porque afinal descobrira,
Que bem ou mal
No amargo ou na doçura
A vida é
Simples escolha.