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Por Antônio Roberto Gerin

Será que Dilma vai mesmo precisar tomar cicuta? Cicuta é um veneno fatal, utilizado na Grécia antiga, como forma de execução dos condenados à morte. A personalidade mais famosa a ter bebido cicuta foi Sócrates, o filósofo. Não estamos aqui, óbvio, para fazer comparações entre Dilma e Sócrates. Quero apenas discorrer um pouco sobre a situação da democracia ateniense daquela época, e fazer um paralelo com a democracia brasileira de hoje.

Sócrates foi condenado à morte por ameaçar a democracia ateniense. O que era ele? Um corrupto? Um conspirador? Um traidor? Não. Apenas um homem bem acima do seu tempo, cujo legado filosófico e humano percorreu os séculos e chegou até nós. Diante da condenação, Sócrates tinha a possibilidade de fugir de Atenas. Preferiu ficar e morrer “cicutado”. Com a seguinte justificativa. Foi condenado por um tribunal representativo (legal), e mesmo que a sentença esteja errada e seja absurda, tem-se que fazer cumprir a legalidade! Um suicida, já que podia fugir?

Ilustro um fato. General ateniense na sua juventude, após derrota em uma batalha, Sócrates bateu em retirada com os poucos soldados que lhe restaram vivos. Chegando a Atenas, foi julgado por não ter cumprido o costume, o de que os soldados vivos tinham que enterrar os soldados mortos. Deixá-los insepultos era crime. E Sócrates saiu-se com esta. Se ficássemos para enterrar nossos soldados, também morreríamos, e assim não haveria vivos para enterrar os mortos.

Nos próximos meses, o Senado, casa de mulheres e de homens notadamente probos, terá que julgar Dilma. E não poderá cometer erro.

Em sessão do dia 12 de maio de 2016, foi aberto o processo de impeachment, com o afastamento da presidenta. Até aí tudo bem. Que se busque a verdade. Que verdade? A verdade das pedaladas. Pois é. Um lado diz que é crime, e aí se incluem juristas renomados. O outro lado diz que não é, e aí também se incluem juristas renomados. E agora? Se há dúvida, pode haver crime? Caberá ao senado desatar o nó. E terá que fazê-lo com total precisão e justiça. Este é seu grande desafio, acabar com esta confusão atordoante do que é e do que não é. Se o senado provar que é, Dilma será destituída do cargo e o Brasil continuará sendo um país com democracia. Se provar que pedalar não é crime, ela retornará à presidência, e o Brasil continuará sendo um país com democracia.

Mas, e se o senado não chegar a verdade alguma, confirmando este imbróglio político-midiático-esquizofrênico que divide o país? Bem. Neste caso, retornaremos à Atenas de Sócrates. Dilma, que não quis fugir (renunciar), terá que beber a cicuta. E o Brasil destruirá o seu tempo de hoje, atirando esse pedaço da sua história no limbo. Ótimo que essa coisa toda fique no limbo. Assim ninguém ficará sabendo que Dilma tomou cicuta.

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Por Antônio Roberto Gerin

Segundo a análise do Analisador, o chinelo visto na foto pertenceu momentaneamente ao simpático papa Francisco.

Como esquecera suas sandálias no Vaticano, ao ter que tomar banho no Brasil, precisou ser socorrido pela camareira, que de imediato surrupiou os chinelos de um certo padre desconhecido e os entregou ao papa. Após o banho, quando Sua Santidade se preparava para visitar a comunidade de Varginha, em Manguinhos, Rio de Janeiro, a dita camareira novamente surrupiou os chinelos, comovida pelo fato de o santo padre ter pipocado um beijo em sua testa. Após Francisco ter mencionado os chinelos em uma de suas homilias, o fabricante ofereceu cinco mil reais para quem encontrasse o par de chinelos calçados pelo pontí­fice, quando de sua passagem pelo Brasil. Apareceram milhares de réplicas, e o Analisador identificou a verdadeira.

Pertencia ao humilde pescador de siri, Hélio dos Anzóis, morador da Praia de Camboinhas, em Niterói, esposo da dita cuja camareira. O pescador ficou deprimido ao recusar a oferta de quinze mil reais pelo único chinelo (ver foto) que restara, já que seu cachorro, Rex, desaparecera com o par esquerdo. Perguntado por que recusara tamanho dinheiro, o pescador não soube responder. Disse que gostava demais do jeitão do Francisco, que mais parecia um homem que um santo. Seu sonho era ver o papa pessoalmente. E o analisador detectou por quê. Hélio dos Anzóis pretendia entregar o chinelo ao papa, quando da visita do pontífice ao Brasil, em 2017.

Como uma Cinderela, as sandálias do pescador calçaram à perfeição os pés do Francisco.

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Por Antônio Roberto Gerin

Analisando o lenço da foto, o Analisador de Conteúdo identificou-o como tendo pertencido a Jair Bolsonaro, deputado muito aclamado por uma parte do povo brasileiro. O Analisador detectou uma mancha, imperceptí­vel, numa das dobras do lenço, e logo ficou claro tratar-se de resí­duos de cuspe.

Segundo o Analisador, Jair Bolsonaro, em campanha pela reeleição, comeu pastel na banca de uma famosa vendedora de pasteis, em Bangu, Rio de Janeiro. Após sucessivas fotos e poses, com o pastel preso à boca, numa demorada mordida, e depois de lenta mastigada, Jair Bolsonaro, longe das câmaras, jogou, sem esconder o asco, o pastel, quase intacto, no lixo. Em seguida, pôs-se em retirada, sem se preocupar em pagar o pastel. A pasteleira contornou sua banca, furou o bloqueio de assessores e dardejou uma cusparada no rosto do deputado, gerando grande tumulto. O lenço foi encontrado, dia seguinte, numa gaveta de um motel, na Avenida Niemeyer, Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, e logo encaminhado, após perí­cia, e a pedidos, para a Fundação Brilhante Ustra.

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