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Os desejos batem à porta

Por Antônio Roberto Gerin

 Há filmes antigos que são refilmados, ou, como queira, revisitados dentro de uma nova concepção artística, sintonizados, evidente, com a época em que são produzidos. São esteticamente tão mais diferentes quanto mais distantes no tempo entre a primeira e a segunda produção. E a tentação é logo sentar-se no sofá, assistir às duas versões, a nova (2017), e a antiga (1971), e começar a fazer comparações. Pode ser esta uma tarefa difícil. Não desprovida de polêmicas e preferências. Mas será sempre um exercício saudável. Estamos falando do filme (revisitado) O ESTRANHO QUE NÓS AMAMOS (94’), direção de Sophia Coppola, EUA (2017). É um drama que se passa na época da Guerra da Secessão, no sul dos Estados Unidos, Virgínia, 1964. A guerra entre nortistas, industrializados, e sulistas, agrários e escravocratas, envolvia a disputa para refazer os modos de produção de uma América que estava já se preparando para ser a grande potência do século XX. O trabalho escravo, sem dúvida, era um empecilho para as ambições da nação norte-americana. Estes antagonismos, históricos, de certa maneira se refletem na composição da narrativa do filme, baseado no romance homônimo de Thomas Cullinan. Mas, para a diretora e roteirista Sophia Coppola, o que interessa não é a guerra e seus homens, mas sim aquelas mulheres, enclausuradas, em meio à guerra, pelo medo e pelo desamparo.

Um cabo do exército ianque, John McBurney (Colin Farrell) é encontrado, ferido, nos arredores de uma escola sulista, por uma menina que estava colhendo cogumelos no campo. A garota Amy (Oona Laurence), sem pestanejar, leva o ferido para dentro do internato, onde ela e mais quatro adolescentes moram e estudam. Assim que acomodam o estranho no sofá da sala de música, está acionado o gatilho dramático que vai mudar a rotina e a história daquela escola para mulheres. Além das cinco meninas que habitam a imponente construção de estilo sulista, com toques escandalosos de arquitetura clássica, vivem ali, também, a proprietária, Martha Farnsworth (Nicole Kidman), cujo passado sexual é bastante nebuloso, e a professora Edwina Dabney (Kirsten Dunst), convivendo com a incômoda inexistência de vida amorosa. As cinco alunas, umas mais, outras menos, já deixam transparecer os efeitos de uma adolescência atormentada por desejos que clamam por conhecer os prazeres básicos da vida. A presença do estranho vem apenas provocar, em noites de fantasias, as irreprimíveis libidos.

E aí, caro cabo do exército ianque charmoso, você que habita a pele de um Clint Eastwood canastrão, na versão de 1971? E você, caro cabo ianque aparentemente bonzinho, que se esconde na pele de um Colin Farrell confuso, versão 2017? Como se comportar diante destas mulheres assustadas, que se esbatem para não se envolverem com o estranho, mas que aos poucos vão sendo arrebatadas, corpos e corações, pelo iminente predador? As camas estão prontas para receberem os desejos. Como nelas se deitarão, vai depender da concepção de cada uma das produções. A de 1971, sabemos, não se nutre de meias palavras. A de 2017 prefere as insinuações tiradas das caixinhas do falso pudor. A falta de compromisso com certas regras que controlam a rígida moral leva o filme de Clint Eastwood a ser colocado numa prateleira mais baixa na hierarquia artística do cinema. A proposta de Sophia Copolla é bem diferente. Ela se propõe a levar o antigo e fértil argumento – a inesperada chegada de um estranho em um internato feminino – para um lugar mais nobre no conceito da crítica e do público. E ela consegue. Mas, não totalmente.

O nosso foco de discussão é o filme atual. E estamos falando de uma diretora cujo estilo é muito peculiar. Sophia Coppola prefere centrar o drama nas personagens, tirando a possibilidade de que agitações externas venham a diminuir a força intimista das cenas. No mínimo, Sophia Coppola tenta nos fazer crer que não somos joguetes de forças maiores e incontroláveis, apenas somos pessoas frágeis e silenciosas, dominadas por desejos e incertezas, de preferência desvinculados dos inevitáveis embates sociais. Se mal conseguimos lidar com nossos monstrinhos, por que sair por aí arranjando outros, com certeza mais ferozes? Este recuo na contextualização da sociedade sulista, com suas podridões e sua desintegração, como pano de fundo da narrativa, seria compensado com o aprofundamento das questões femininas urgentes, mulheres vagando pelos cômodos da suntuosa casa, cada vez mais perturbadas pela inusitada presença do estranho.

O Estranho que nós amamos é um filme datado e localizado, como já dito acima, mas sua temática não é. A possibilidade de que aquele estranho seja tomado por furiosos impulsos libidinosos não parecem preocupar Sophia Coppola. Em sua concepção, a libido feminina nasce antes. E esta é a boa sacada do roteiro. Que promete escancarar. Afinal, quando se fala do feminino (eis a temática), sempre pensamos em ousadias. E Sophia vai mostrando com sutilezas e sensibilidade as pequenas transformações acontecendo com cada uma delas, motivadas pela presença do estranho. Cada gesto merece um desenho. A câmera mostra, e, pacientemente, espera. São os olhares, as curiosidades e suspiros junto à porta, os brincos tirados das gavetas, roupas mais ousadas e coloridas, este apresentar-se ao homem vai sendo paulatinamente oferecido ao público. Só que mais adiante, o espectador vai perceber, quando da brusca virada, exatamente no meio do filme, que Sophia não nos mostrou o suficiente. Podia ter-nos mostrado mais. Para construir o ponto de virada de que falamos, ela escolhe apenas duas das sete mulheres, a reprimida Edwina, e a bela e fogosa Alícia (Elle Fanning) para fazerem o jogo de sedução. O estranho, que prometera a noite a Edwina, vai escolher a bela e nada reprimida Alícia, desencadeando ciúmes e a tragédia.

A partir deste ponto, o filme entra em outra rota e dinâmica. Em níveis altos de tensão, que não é bem a pegada do filme. Que agora caminha de forma apressada para seu final. Tudo foge ao controle. Não há mais tempo para Sophia se debruçar sobre o feminino. Permitir que suas mulheres se expressem, se soltem, aprofundem seus dilemas e anseios. Edwina é a única que ainda tenta desatar os nós dos seus desejos, correndo para os braços do agora raivoso estranho. As meninas pairam sobre o que acontece, sem se deixarem envolver. O que se queria ver é como se comportariam as mulheres, pois os homens, estes nós já sabemos como se comportam. E aqui reside a comprometedora timidez da direção.

O roteiro, na ânsia de cortar os excessos da produção anterior, parece deixar pontos cegos ao longo da narrativa, principalmente na estruturação da personagem que se queria a principal, Martha, a proprietária. Vemos uma Nicole Kidman subutilizada. Assim como a escravidão, o incesto e a falsa pedofilia não são assuntos adequados para um filme correto, temas estes presentes na versão 1971. Essa coisa do politicamente correto foi uma praga que jogaram sobre a humanidade para tornar a hipocrisia ainda mais eficiente. E a arte perde com isso, quando ela própria se autoimola. Coisas ficaram por serem ditas, e as mulheres, com seus comportamentos mornos, desejos mal digeridos, nos leva a pensar que, para que a eficiência de Sophia Coppola fosse completa, talvez ela precisasse da presença do excitante e viril Clint Eastwood. Aí, quem sabe, iríamos ver o internato pegar fogo. Sem Clint, a maioria dos desejos pararam à porta. Não entraram.

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A cultura como sutil instrumento de opressão

Por Antônio Roberto Gerin

Às vezes é aconselhável deixarmos certos hábitos e preferências de lado e sairmos à procura de filmes fora da rota das produções norte-americanas e europeias. Olhar para outras paisagens, outras culturas, outras filmografias. TEMPESTADE DE AREIA (97’), direção e roteiro de Elite Zexer, Israel (2016), é uma ótima opção para quem quer mergulhar em outra realidade, aparentemente estranha a nós, mas que logo vamos perceber traz muitas semelhanças com as formas de vida, em todos os seus aspectos, principalmente moral e social, que cultivamos em nosso dia a dia, onde quer que estejamos. Sob a capa da cultura e dos costumes, que são únicos para cada povo, há uma inevitável identificação entre os seres humanos que somos, independente do lugar e época em que vivemos. Pelo olhar deste belo filme, vamos aterrissar numa aldeia de beduínos, bem no epicentro de um conflito familiar. Tudo narrado pelas lentes de uma produção israelense. E o que vemos nos surpreende.

Tempestade de Areia é desses filmes a que devemos assistir de vez em quando para nos atualizarmos sobre o que anda fazendo, desde sempre, a raça humana. Vamos perceber como transitamos por códigos por nós compilados e aceitos ao longo do tempo, e que serão fontes inevitáveis de sofrimentos. É só olharmos em torno de nós, para o nosso cotidiano. Se nos pusermos a anotar uma por uma as regras morais e sociais a que estamos submetidos, com certeza vamos nos assustar com a quantidade de limites e, invariavelmente, nos perguntar como é que conseguimos viver nesse emaranhado de preconceitos e proibições. Layla, a protagonista do filme, é o exemplo da atitude trágica de quem renuncia a sua felicidade apenas para manter em pé a abalada estrutura familiar. Sua autoimolação permitirá a continuidade da tradição, e, como toda tradição, esta também faz o movimento que lhe é essencial, o de subjugar a individualidade. O que vemos é um drama familiar, cujos membros estão presos a códigos culturais cristalizados ao longo de séculos, onde apenas alguns, poucos, se dispõem, pagando alto preço, a confrontá-los. É o fenômeno dos comportamentos humanos sintetizados pelo que chamamos de cultura, mas que, infelizmente, em muitos casos, como este, favorece os exercícios da hipocrisia, de um lado, e o domínio pela opressão, do outro. Não há esperanças, cabem apenas sonhos seguidos de frustrações. Quando se pensa que vai avançar, transgredir, há o recuo, que é a triste volta ao impiedoso domínio dos códigos.

O marido e pai Suliman (Hitham Omari), por direito à bigamia, casa-se com a segunda mulher. Normal, é o código. É festejado por seus pares, alguns deles também bígamos. A primeira mulher, Jalila (Ruba Blal), cuida dos preparativos do casamento e, no dia seguinte, enquanto o marido se esbalda na cama nova com a nova mulher, a antiga limpa as sujeiras da festa, lava baldes de roupa, sempre com a ajuda contrariada da filha mais velha, Layla (a excelente Lamis Ammar), que, aliás, está contrariada com o pai e a mãe por não permitirem que ela namore Anuar (Jalal Masrwa), rapaz de outra casta. De fato, segundo o código, não pode. Cobriria o pai Suliman de vergonha.

A partir do momento em que o marido passa a usufruir do seu direito à bigamia, as antigas relações familiares parecem mudar de lugar. A primeira esposa começa a questionar os comportamentos do marido. Opa! Sim, dentro da opressão cultural cabe certa revolta. Afinal, há os sentimentos, e nós somos também feitos deles. O marido dá mais atenção à esposa mais nova. Oferece a ela casa mais bonita, geladeira mais cheia, carinhos mais demorados. Em atitude de revolta velada, a mãe e primeira esposa passam a apoiar os interesses da filha em relação ao namoro proibido. Desta forma, a estabilidade cultural, e dentro dela a estabilidade familiar, começa a ser colocada em cheque.

O filme termina como começou? Não. Ele dá um terrível passo à frente. Quando parece que tudo vai se ajustar, quando a mãe toma atitudes de rebeldia em relação ao marido e, por causa disso, é devolvida (banida) por ele à casa dos pais (para vergonha destes), quando, então, apoiada pela mãe, a filha resolve quebrar o rígido código de castas, indo ao encontro do namorado, quando… Estas circunvoluções da trama assemelham-se àqueles jogos de desafios, onde a cada superação de obstáculo, o próximo será ainda mais difícil de ser superado, dando-nos a certeza de que estamos condenados, por antecipação, à derrota.

Em suma. Este é o sentimento que cada um de nós carrega dentro de si. Somos ludibriados por certas imposições culturais, e a moral se serve maliciosamente desta pobre cultura para nos dominar. E quando parece estarmos preparados para dar um passo à frente e nos libertarmos das amarras que nos sufocam, o que acontece? O filme dá sim um passo à frente. Infelizmente, pois os códigos morais, ao vencerem mais uma vez, tornam-se ainda mais fortes e mais opressores. Fortalecem-se para continuar nos subjugando. Esse é o triste recado. Ao nos rebelarmos, nada mais fazemos do que confirmar os códigos, fortalecendo-os com nossas derrotas. Derrotados, retornamos a eles. Este é o eterno enredo de nossas pequenas e cotidianas tragédias.

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A realidade retratada num belo filme

Por Antônio Roberto Gerin

A gente, nós, espectadores, assistimos a um filme porque achamos que vamos gostar dele. Às vezes, tudo bem, acaba sendo uma aposta errada. Agora, quando se assiste a mais de uma vez o mesmo filme, três, cinco vezes, então, definitivamente, é porque estabelecemos com ele uma relação que vai além do mero entretenimento. É como se o filme passasse a nos pertencer. Ele nos acompanha. Participa secretamente de momentos especiais de nossas vidas. Se olharmos para trás, vamos perceber que, intuitivamente, acabamos por construir a nossa lista de filmes preferidos. Nesta lista, só para elencar algumas sugestões, poderiam estar Uma Linda Mulher, Forrest Gump, A Noviça Rebelde, Ao Mestre com Carinho, My Fair Lady, Rei Leão, Cidadão Kane, E o Vento Levou…, um Ingmar Bergman, um Charles Chaplin, Pier Paolo Pasolini, Glauber Rocha, Buñuel, um Tarantino, enfim, uma lista para o gosto de cada cinéfilo. Sendo assim, cabe apresentar-lhes mais um candidato. O angustiante e charmoso BUTCH CASSIDY AND THE SUNDANCE KID (113’), direção de George Roy Hill, EUA (1969), para muitos, o melhor dos faroestes. Que não seja o melhor, mas, com certeza, bate lá, no topo da lista dos melhores filmes.

O filme narra a tumultuada história real de dois foras da lei que tocavam o horror no velho oeste americano, no final do século XIX. A dupla, entre um assalto e outro, vivia a vida que pediam a Deus. Esbanjavam o que roubavam. Ora, bandidos também são capitalistas! E esse bom viver é cirurgicamente retratado pela simpatia irreverente de Butch Cassidy, personagem que cai como uma luva de seda na memorável atuação de Paul Newman, e também retratado pela lealdade debochada de Sundance Kid, encarnado pelo não menos memorável Robert Redford. Dois amigos de bandidagem e de aventuras que, retratando a vida real, quer dizer, acontecida, faz com que Hollywood, mais uma vez, se aproveite do “é baseado em fatos reais” para transformar o cinema em pura diversão. Aliás, se apropriar do que a vida oferece de bom e de interessante é uma das coisas que Hollywood sabe fazer muito bem.

Butch Cassady and The Sundance Kid nasceu dos sonhos e de pesquisas exaustivas, além do talento, lógico, de William Goldman, que viria a se firmar como um dos grandes roteiristas de Hollywood. Este filme é a prova cabal de que um bom roteiro é o começo para a construção de um grande filme. De posse de farto material lendário, e partindo de uma composição inteligente, isto é, a exploração da amizade inseparável entre os dois famosos bandidos que, foragidos, viriam a morrer, juntos, em 1915, na Bolívia, Goldman foi atrás de quem comprasse a sua idéia. E compraram. De tão boa. Ao projeto de Goldman juntaram-se dois monstros, Paul Newman e Robert Redford, a bela e também memorável Katharine Ross, a habilíssima direção de George Roy Hill, a plasticidade fotográfica de Conrad L. Hall, e a pungente trilha sonora de Burt Bacharach, e deu no que deu. Mais um belíssimo filme para a nossa prateleira pessoal.

O filme se constrói, e se fortalece, a partir de um jogo narrativo sedutor. A perseguição implacável, tensa e silenciosa a Butch e Sundance. É o pulo do gato do premiado roteiro. Centrar a tensão da narrativa não nos assaltos aos trens da Union Pacific, mas no limite da tolerância do Estado em permitir que a ousadia de Robert Leroy Park, nome real de Butch Cassady, e de Harry Alonzo Longabaugh, nome real de Sundance Kid, causasse tanto estrago aos cofres das ferrovias. Estressados pela incansável e misteriosa perseguição, é o momento de decidirem fugir para a Bolívia.

Mas antes da fuga, vamos à cereja do bolo. Raindrops Keep Fallin’ on my Head, de Burt Bacharach, a trilha sonora que glamouriza a cena da bicicleta. Dentro de um contexto de faroeste, de lutas e coldres, honra e perseguições, o filme recebe pinceladas de sensibilidade e humor, e esta observação nos faz remeter a mais icônica das cenas do filme.

Butch Cassidy (ou Paul Newman?) convida Etta Place (a Katharine Ross), namorada de Sundance Kid, recém saída da cama, ainda vestindo camisola, para andar de bicicleta com ele, numa manhã ensolarada, em meio a vacas e celeiros, ao som e ritmo de Raindrops, num romantismo que apenas se sugere, mas cuja sensualidade latente se transforma numa possibilidade. O que significa andar de bicicleta a dois, comendo maçã? Oferecida por ela? Adão e Eva deviam assistir a esta cena para aprenderem a comer maçã sem culpa.

Sem comparações, óbvio, mas como não lembrar da famosa cena de A Doce Vida, de Federico Fellini, em que Anita Ekbert e Marcello Mastroianni protagonizam uma inconfundível cena de amor nas águas da Fontana di Trevi! São cenas distintas, bem distintas, aliás, mas duas cenas que podem fazer qualquer um fantasiar uma vida cujo significado momentâneo nos escapa, mas que está lá, para nos encantar sempre. São nestes momentos que a vida foge ao óbvio e nos surpreende. Porque são momentos genuinamente reais. Ao alcance dos nossos sonhos.

Em suma. Como acontece com alguns memoráveis faroestes, gênero visto como aparentemente menor, lembrando um deles, o sensível Os Brutos também Amam, Butch Cassady and The Sundance Kid tornou-se um clássico porque nos oferece perspectivas humanas que vão além dos tiros e do trotar dos cavalos. Parece inverdade, mas passamos a ser simpatizantes de bandidos, sem perceber que o que nos atrai não são os crimes e sim suas atitudes espontâneas e corajosas perante a vida. É como se, ao serem bandidos, apenas saíram para trabalhar. Quando retornam para casa, à noite, são seres normais, passíveis de serem amados e admirados. Este é o segredo dos grandes faroestes que nossos pais e avós tanto curtiram. E que agora pode ser a nossa vez.

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