Por Alex Ribeiro
Quão frágil é ser humano
Que ao mínimo abalo
A felicidade esvai-se
Perdida por entre os dedos
Quão longas se tornam as noites
Cuja insônia acometida
Perfurando os teus sonhos
Não te deixa repousar os olhos
Olhos estes de um vermelho carnal
Numa fonte de lágrimas
Que inundam e afogam
A alma e a voz, emudecidas
Que mão amiga há de resgatar?
Dar-te o fôlego, respiro
Acolhendo numa escuta, espera
O momento certo de levantar
Que força é essa que há no amor
Que estende a mão na adversidade
Que ampara, abraça, beija e demora
Mas que não pode ficar
Quão frágil ser tão humano
Equilibrar-se na efemeridade
Entre amar e ser amado
Entre partir e ser deixado.