Por Alex Ribeiro
Os caminhos da noite são assustadores
Onde o chão da minha pátria é estrangeiro a mim
Nele todos os perigos estão seguros
Nele todos os segredos estão guardados
Estou preso dentro de minhas costelas
Meus gritos não se ouvem daqui de fora
Se por dentro aos poucos sou inundado
Dos meus olhos nenhuma lágrima desce
Sou prisioneiro dos meus pensamentos
Refém dos meus sentimentos
Ouço morcegos e seus radares noturnos
Como as lembranças que andam em ciclos
Noite escura, o canto de bichos estranhos
Vozes que ecoam as Rasga-Mortalhas
Levantando dos leitos todo Lázaro
Que por algum motivo a luz apagou.