Publicado em Categorias Cultura, Literatura, Poesia

Por Alex Ribeiro

Liberdade,
palavra que já vem com asas
Abre as possibilidades
num voo da existência.
Asas alimentam sonhos
Sonhos nos lançam ao céu
sentindo o frescor do vento
num ponto alto, um aposento
pra me despedir do sol.
Partir,
um exercício de vida
E em cada despedida,
um encontro com a saudade.
Viver,
Coisa humana ou divindade
Vem no peito a verdade
sem espaço pra vaidade.

E a vida se faz
num ato de liberdade.

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Por Alex Ribeiro

É natural que o coração se esqueça
De toda despedida que já fez,
Pois que o amor envelhece no carvalho
E somente os mais longos são dignos de nota.
Mas o que e quando algo se é longo?

Se amores de anos inteiros se corroem
E nunca serão cantados nos poetas,
Se uma noite de amor bem intenso
É lembrança de uma vida inteira,
Se casais se reencontram às vezes
E a saudade nunca permite  amenizar…
O amor é longo e demasiado dramático
Não se define pelo nosso romantismo
Não se limita pela  ciência desumana.
O amor é longo numa pluma ao vento
E breve no seu contentamento.

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Por Alex Ribeiro

Os caminhos da noite são assustadores
Onde o chão da minha pátria é estrangeiro a mim
Nele todos os perigos estão seguros
Nele todos os segredos estão guardados

Estou preso dentro de minhas costelas
Meus gritos não se ouvem daqui de fora
Se por dentro aos poucos sou inundado
Dos meus olhos nenhuma lágrima desce

Sou prisioneiro dos meus pensamentos
Refém dos meus sentimentos
Ouço morcegos e seus radares noturnos
Como as lembranças que andam em ciclos

Noite escura, o canto de bichos estranhos
Vozes que ecoam as Rasga-Mortalhas
Levantando dos leitos todo Lázaro
Que por algum motivo a luz apagou.