Publicado em Categorias Cultura, Literatura, Poesia

Por Alex Ribeiro

As pessoas sem amor
São barcas vazias, no mar
As ondas vêm, aos montes vão
Estão perdidas à beira amar

Que solidão, essas pessoas
São árvore seca na pastagem
Vão perdendo o colorido dos olhos
Na amarga vida que não passa.

Quanta falta faz se encantar
Que voltar, então, a ser criança
E se dar sem requisito reclamar
Viver do jeito mais puro de se amar.

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Por Alex Ribeiro

Enquanto menino, quero teu colo
Enquanto homem, quero teus beijos
Enquanto poeta, quero teus versos
Enquanto papel, quero tua letra
Enquanto pintura, quero tua arte
Enquanto tristeza, quero tua voz
Enquanto insano, quero tua mão
Enquanto feroz, quero tua calma
Enquanto esquecido, quero teus olhos
Enquanto momento, quero lembrança
Enquanto certeza, quero amor
Enquanto ferida, quero perdão
Enquanto distante, quero contato
Enquanto cansado, quero repouso
Enquanto verdade, quero escolha
E, enquanto escolha,
Eu vou querer.

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Por Alex Ribeiro

Repara bem nos teus amigos
Conta-os na mão preferida
Mas conta só os verdadeiros
E sobrará ainda dedos.

Se até o Cristo teve o Judas
Que dirás tu, o pecador
É melhor jantares com fariseus
Que brindar com o falso Judas

Alerta-te, pois, neste momento
Que o Judas te observa os passos
Pra zombar de teu fracasso
Sem aplaudir o teu sucesso

Cuidado também com faladeiras
Entregam de bandeja a vida alheia
Vivem a debater a conduta tua
Como se batem os passionais

Repara bem nos teus convivas
Veja então teus bons amigos
Saúde e brinde, mas em segredo
Se por acaso sobrar um contigo.